sábado, 19 de outubro de 2013

Reconheço-me na evidência última da minha condição - saber é já conquistar.

Há força suficiente em todo o humano para o tornar capaz de concretizar os sonhos que tem, mas somente a alguns surge a oportunidade proveniente de um doce acaso, que os propulsiona alucinadamente. Chamemos-lhe sorte, para que consigamos pensá-lo de forma mais concreta.

Quero crer que a sorte prende-se pela forma de existir das pessoas, as que fomentam a bondade em si, intentam acima de tudo ser verdadeiras, autênticas, são, em última análise, realmente sortudas, sabem a verdade e a vida sorri-lhes porque reconhece nelas o espírito da humanidade. Criam pureza, não esperam depreendê-la do mundo, irradiam uma luz que as transcende, e que instintivamente projetam em tudo quanto lhes é fronteira. As pessoas assim não são ingénuas, são belas, tão belas que nos é quase impossível conceptualizar, mas existem. Acreditássemos nós mais na inexistência de almas imundas, e também o mundo em que vivemos mais limpo estaria, respirar seria infinitamente mais prazeroso.
Chegada é a altura de começarmos a encontrar divindade nos seres que por nós se cruzam. 

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