quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Separa-te do todo

Toda a gente sente, todo o ser é sensação.
Aumenta o volume, aumenta que não há som tão alto que te silencie a mente, é brutal o ruido da tua existência. Sei que temes. Sei que a sensatez que proclamas não te nasce no coração, não te corre nas veias, não é quem tu és. Disseram-te que haviam monstros no armário, por isso vives na dependência do sol. Gastas-te em merdas. Ah! Já te disse, aumenta o volume, parte o espelho, abraça o azar, vem para o escuro, salta mais alto, chora até te esqueceres como se respira, põe um cheirinho no café, ajuda alguém. Percebe que tudo isto é arte, os panos com que te cobres, as palavras que escolhes, a forma como te moves, o ritmo em que vives. Expõe-te, exprime-te. Re-lê o texto, fá-lo depressa, aproxima as palavras no tempo. Este texto, foi feito para mim, encontra-me no que releres ou perde-te a tentares identificar-te com ele.

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