quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Somos dois, conta três que bebemos por quatro.
Que carga de trabalhos.
Traz seis, celebramos por quem falta.
Pede desculpa, não foi com intenção.
Que infiel. Mentiroso.
Salta. Já perdeste.
Rouba. Já te algemo.
Paga, mas não te cobro.
Não sei fazer isto.
Sou tão desajeitada quanto tu.
Compenso com paixão.
Equilibro a balança porque sinto certo o errado que faço.
Tenho suores frios, a vida adoece.
Fiz mal as contas, enche outro copo.
Afinal estou ocupada logo, tenho estrelas para ver.
Estás a sangrar, desinfeta.
Faz-me rir, dou-te cigarros.
Antes dar tudo a partilhar o que tenho.
Entretém-me.
Se não me tiras o fôlego, sufoca-me. Desenrasca-te.
Estou intrigada, mas não me interessas.
Quero testar os teus limites. Atiçar o teu extremo, e observar.
Vou testar-te!
Amanhã. Hoje não posso.
Sou paciente, não penses que ganhas.
Já matei, mostrei-te as entranhas, enquanto me louvavas as manhas.
Que medíocre este descampado.
De onde têm vindo as bebidas?
Não há nada nada aqui, agora vejo a intriga.
Estou atrasada, devo ir.
Rebolo até casa, deixei de acreditar nas minhas pernas.
Que demência.
Vemo-nos em breve.
Minto.
Não te quero ver tão cedo, se queres que te diga.
Vemo-nos quando nos virmos.
Tenho um acaso marcado.

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