quinta-feira, 21 de setembro de 2017

És fruta fresca,
Primavera.
Não havias firmado,
E por ti na terra fremiam flores.
Não te tomei do sabor,
Nem me cheguei perto, ainda.
Ainda.
Não me apresso.
Não te meço distante,
Não me despeço.
Confiante,
Sei-te, ser eterno.
Antecipo,
E submissa,
Rego a terra que pisas,
E visto o corpo que vais beijar.
Vejo-te ao longe.
Seguras o horizonte, e ao longe,
Primavera,
E fogo-fátuo,
Não há vida mundana que te acalcanhe,
Não há simplismo que não amplies,
Não há descrição que não te infame as dimensões.

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