sexta-feira, 3 de abril de 2020

É a última vez.
Não posso ficar mais,
Não me sobra o espaço para mais feridas.
Sou de sangue fraco,

Esta é a última vez.

Recrio-me quando folgar tempo e saúde.

Sou de sangue fraco,
Sou de dar dificil,
Mas quando sou de dar,
Não quero de volta.

Guarda o que tens meu,
Já não me volta.
Toma bem conta, acaricia e acarinha,
Que não me volta.
Mas se voltasse,
Acariciava e acarinhava,
Que de amor,
Multiplicava.
E não devolvia,
Guardava e tratava, deixava crescer.

Proteje.

O sol queima tudo a seu tempo.
Guarda numa sombra sossegada,
Num canto sem mais ninguém,
As pessoas estragam sempre tudo.

Guarda sem ninguém ver.

Sem comentários:

Enviar um comentário