Digo-to para constatação, não para empatia.
Desnecessária a primeira, irremediável a segunda.
Ficcionadas, ambas.
Pertenço, mas pouco. Basta-me ter espaço para usar, é excesso possuir.
Quero a dor por extrapolação e convivência alheia.
Quero o diz-que-disse da morte do parente, e os parentes imortais.
A realidade aqui á porta, e eu sem a saber abrir.
Cai no vazio o som da última campainha.
Mas ela retorna sem nunca deixar saber a que devo a honra.
A realidade aqui à porta, e a porta por abrir.
A fragilidade sempre tão perto da destruição.
E a porta por abrir.
Quando lhe chegar o dia, abro-a de par em par.
Que a realidade se sinta em casa, e eu tenha a coragem,
De lhe pedir perdão, e um tostão.
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