domingo, 12 de abril de 2020

Ainda agora comecei.

Digo-to para constatação, não para empatia. 
Desnecessária a primeira, irremediável a segunda.
Ficcionadas, ambas.

Pertenço, mas pouco. Basta-me ter espaço para usar, é excesso possuir.

Quero a dor por extrapolação e convivência alheia.
Quero o diz-que-disse da morte do parente, e os parentes imortais.

A realidade aqui á porta, e eu sem a saber abrir. 
Cai no vazio o som da última campainha. 
Mas ela retorna sem nunca deixar saber a que devo a honra.
A realidade aqui à porta, e a porta por abrir.

A fragilidade sempre tão perto da destruição.
E a porta por abrir.
Quando lhe chegar o dia, abro-a de par em par.
Que a realidade se sinta em casa, e eu tenha a coragem,

De lhe pedir perdão, e um tostão.

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